Ode à Máquina do Café
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Oh velha máquina, amiga querida
Que produzes em silêncio ou com brado
O café, essa milagrosa bebida
Que durante o dia me mantem acordado
Friday, May 28, 2010
Aventuras na Gaiola, parte III
Aventuras na Gaiola, parte III
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Fechado nesta gaiola
Ate aos sessenta e cinco
Se o bigode se descola
Tenho de dobrar a mola
Novamente com afinco
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Fechado nesta gaiola
Ate aos sessenta e cinco
Se o bigode se descola
Tenho de dobrar a mola
Novamente com afinco
A Vida é Bela, parte VIII
A Vida é Bela, parte VIII
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Não há firma como esta
Eu adoro este serviço
Todo o dia é uma festa
E ainda pagam por isso
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Não há firma como esta
Eu adoro este serviço
Todo o dia é uma festa
E ainda pagam por isso
Triste Fado
Triste Fado
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Já tive dias melhores
Mas também por outro lado
Já tive dias piores
É este o meu triste fado
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Já tive dias melhores
Mas também por outro lado
Já tive dias piores
É este o meu triste fado
Maré de Azar
Maré de Azar
---------------
Ando em maré de azar
Não há sorte que me valha
Só me resta reclamar
Estrebucho com o que calha
---------------
Ando em maré de azar
Não há sorte que me valha
Só me resta reclamar
Estrebucho com o que calha
O Sentido da Vida, parte III
O Sentido da Vida, parte III
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E como que por magia
Chega ao fim um novo dia
Defrontas-te de repente
Com outro dia à tua frente
Os dias vêm e vão
Como traços no alcatrão
São troços que de seguida
Fazem a estrada da vida
---------------------------------
E como que por magia
Chega ao fim um novo dia
Defrontas-te de repente
Com outro dia à tua frente
Os dias vêm e vão
Como traços no alcatrão
São troços que de seguida
Fazem a estrada da vida
Thursday, August 13, 2009
A Modesta Viatura
A Modesta Viatura
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Digo-o com toda a candura
Não é carro extraordinário
É a modesta viatura
De um modesto funcionário
---------------------
Digo-o com toda a candura
Não é carro extraordinário
É a modesta viatura
De um modesto funcionário
A Vida é Bela, parte VII
A Vida é Bela, parte VII
---------------------------
Já pus palha na gorpelha
Nem me falem em trabalho
Vou p'ra debaixo de telha
P'ra depois ferrar o galho
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Já pus palha na gorpelha
Nem me falem em trabalho
Vou p'ra debaixo de telha
P'ra depois ferrar o galho
Monday, February 23, 2009
Contos da Barbearia, Parte II
Contos da Barbearia, parte II
----------------------------------
Algo de estranho se passava
Naquela barbearia
Quem com cabelo lá entrava
Careca de lá saía
Será que aquele barbeiro
Usa truques de magia?
Será ele um feiticeiro
Que usa feitiçaria?
Mal te sentas na cadeira
E sem sequer o sentir
Dá-te logo uma soneira
Em breve estás a dormir
E enquanto és embalado
Pelos braços de Morfeu
No chão fica amontoado
O cabelo outrora teu
E quando o sono terminar
Já não há nada a fazer
Agoras tens de esperar
Que o cabelo volte a crescer
Pagas a conta a bramir
Mas não te podes queixar
Quem na forma anda a dormir
Pode-se sempre tramar
----------------------------------
Algo de estranho se passava
Naquela barbearia
Quem com cabelo lá entrava
Careca de lá saía
Será que aquele barbeiro
Usa truques de magia?
Será ele um feiticeiro
Que usa feitiçaria?
Mal te sentas na cadeira
E sem sequer o sentir
Dá-te logo uma soneira
Em breve estás a dormir
E enquanto és embalado
Pelos braços de Morfeu
No chão fica amontoado
O cabelo outrora teu
E quando o sono terminar
Já não há nada a fazer
Agoras tens de esperar
Que o cabelo volte a crescer
Pagas a conta a bramir
Mas não te podes queixar
Quem na forma anda a dormir
Pode-se sempre tramar
Aventuras na Gaiola, parte II
Aventuras na Gaiola, parte II
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De manhã, gaiola aberta
A sala está deserta
Nem sinais do passarinho
Partiu rumo à descoberta?
Estará em parte incerta?
Ou a beber um cafézinho?
Tantas interrogações
Perguntas, dúvidas, questões
Estará ele em que lado?
Ninguém abandona um ninho
Onde com tanto carinho
É pago e alimentado
De repente ele aparece
Espantado fica, parece
Com todo aquele rebuliço
Não era nada de estranho
Tinha ido à casa de banho
Para fazer um serviço
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De manhã, gaiola aberta
A sala está deserta
Nem sinais do passarinho
Partiu rumo à descoberta?
Estará em parte incerta?
Ou a beber um cafézinho?
Tantas interrogações
Perguntas, dúvidas, questões
Estará ele em que lado?
Ninguém abandona um ninho
Onde com tanto carinho
É pago e alimentado
De repente ele aparece
Espantado fica, parece
Com todo aquele rebuliço
Não era nada de estranho
Tinha ido à casa de banho
Para fazer um serviço
Tuesday, December 30, 2008
Aventuras na Gaiola, parte I
Parte I - A Profecia
----------------------
Quando eu era pequenino
Uma cigana leu-me a sina
E disse que o meu destino
Era ir trabalhar p'rá mina
Mas com o correr da vida
Aquela pequena estória
Aos poucos foi engolida
Pelas brumas da memória
E muito anos passados
Estava eu posto em sossego
Vi nos classificados
Uma proposta de emprego
Era um emprego na mina
Ao princípio hesitei
Mas ao lembrar-me da sina
Concorri e lá fiquei
Parte II - A Revelação
--------------------------
Por pouco a cigana errou
Pois à mina eu fui parar
Ela só se enganou
Na parte do "trabalhar"
Parte III - A Realidade
--------------------------
Esta mina é um achado
Que empresa tão engraçada
Chego sempre atrasado
Nunca ninguém me diz nada
Às oito entro ao serviço
É um horário complicado
Deve ser por causa disso
Que ando sempre ensonado
Ao meio-dia e meia em ponto
Dá-me logo uma espertina
Um segundo e já estou pronto
Para ir para a cantina
Com a barriguinha cheia
P'ró escritório lá vou eu
Como ainda é uma e meia
Vou falar com o Morfeu
O tempo passa a voar
E sem sequer o sentir
Mal começo a trabalhar
Já são horas de sair
Ah, se a cigana soubesse
No que a sina ia dar
Concerteza se pudesse
Vinha para aqui trabalhar
----------------------
Quando eu era pequenino
Uma cigana leu-me a sina
E disse que o meu destino
Era ir trabalhar p'rá mina
Mas com o correr da vida
Aquela pequena estória
Aos poucos foi engolida
Pelas brumas da memória
E muito anos passados
Estava eu posto em sossego
Vi nos classificados
Uma proposta de emprego
Era um emprego na mina
Ao princípio hesitei
Mas ao lembrar-me da sina
Concorri e lá fiquei
Parte II - A Revelação
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Por pouco a cigana errou
Pois à mina eu fui parar
Ela só se enganou
Na parte do "trabalhar"
Parte III - A Realidade
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Esta mina é um achado
Que empresa tão engraçada
Chego sempre atrasado
Nunca ninguém me diz nada
Às oito entro ao serviço
É um horário complicado
Deve ser por causa disso
Que ando sempre ensonado
Ao meio-dia e meia em ponto
Dá-me logo uma espertina
Um segundo e já estou pronto
Para ir para a cantina
Com a barriguinha cheia
P'ró escritório lá vou eu
Como ainda é uma e meia
Vou falar com o Morfeu
O tempo passa a voar
E sem sequer o sentir
Mal começo a trabalhar
Já são horas de sair
Ah, se a cigana soubesse
No que a sina ia dar
Concerteza se pudesse
Vinha para aqui trabalhar
A Formiga e a Cigarra
A Formiga e a Cigarra
--------------------------
A cigarra, descuidada
Passou o Verão a cantar
Mas a formiga, avisada
Passou-o a trabalhar
Foi enchendo grão a grão
A casa de provisões
Pois o ano não é só Verão
Também tem outras estações
Quando mudou a cantiga
E o Inverno chegou
A nossa amiga formiga
Colheu o que plantou
Já a cigarra, coitada
Não guardou nada que preste
A cantiga...deu em nada
E ela...deu o peido-mestre
--------------------------
A cigarra, descuidada
Passou o Verão a cantar
Mas a formiga, avisada
Passou-o a trabalhar
Foi enchendo grão a grão
A casa de provisões
Pois o ano não é só Verão
Também tem outras estações
Quando mudou a cantiga
E o Inverno chegou
A nossa amiga formiga
Colheu o que plantou
Já a cigarra, coitada
Não guardou nada que preste
A cantiga...deu em nada
E ela...deu o peido-mestre
Wednesday, September 24, 2008
Ode ao Morfeu
Ode ao Morfeu
-----------------
Morfeu, não sejas malvado
E põe-te daqui a milhas
Estás-me a deixar cansado
Sem energia nas pilhas
Morfeu, vai para outro lado
Deixa-te mas é de tretas
Estás-me a deixar ensonado
E sem força nas canetas
Morfeu, amigo Morfeu
É assim toda a semana
Juntamo-nos tu e eu
Vem logo o João Pestana
-----------------
Morfeu, não sejas malvado
E põe-te daqui a milhas
Estás-me a deixar cansado
Sem energia nas pilhas
Morfeu, vai para outro lado
Deixa-te mas é de tretas
Estás-me a deixar ensonado
E sem força nas canetas
Morfeu, amigo Morfeu
É assim toda a semana
Juntamo-nos tu e eu
Vem logo o João Pestana
Monday, August 4, 2008
Contos da Barbearia
Contos da Barbearia
------------------------
Dormi mal, estava cansado
E na cadeira do barbeiro
Adormeci, sem ter pensado
Que o baeta era matreiro
O malandro a tosquiar-me
E eu nos braços de Morfeu
Tinha logo que calhar-me
Um barbeiro tão judeu
Ao acordar, fiquei chocado
Tinha a cabeça vazia
Ali no chão, ao meu lado
O meu cabelo jazia
Não te esqueças nunca disso
Aprende bem a lição
Podes dormir no serviço
Mas no barbeiro é que não!
------------------------
Dormi mal, estava cansado
E na cadeira do barbeiro
Adormeci, sem ter pensado
Que o baeta era matreiro
O malandro a tosquiar-me
E eu nos braços de Morfeu
Tinha logo que calhar-me
Um barbeiro tão judeu
Ao acordar, fiquei chocado
Tinha a cabeça vazia
Ali no chão, ao meu lado
O meu cabelo jazia
Não te esqueças nunca disso
Aprende bem a lição
Podes dormir no serviço
Mas no barbeiro é que não!
Monday, June 30, 2008
O Poeta, parte II
O Poeta, parte II
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Sou poeta popular
Faço versos por prazer
Se deles fosse precisar
Para a vida ganhar
À fome eu ia morrer
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Sou poeta popular
Faço versos por prazer
Se deles fosse precisar
Para a vida ganhar
À fome eu ia morrer
Tuesday, June 24, 2008
Fado dos 65
Fado dos 65
--------------
Até aos 65
Entro às 8, saio às 5
E trabalho com afinco
Para ir ganhando o pão
E não me posso queixar
Eles dão-me o que almoçar
E no dia de pagar
Não falta lá um tostão
E ainda para além disso
Nem tenho muito serviço
Nunca ando em rebuliço
Levo uma vida mansa
Ao meio-dia e meia hora
Não perco pela demora
Para a cantina vou embora
Para ir encher a pança
Depois de dar ao serrote
De modo que niguém note
Ferro o galho um bocadote
Para repor as energias
Mas tenho sempre cuidado
Um olho aberto, outro fechado
Para não ser apanhado
Por alguma das chefias
Chega a tarde, e é então
Que eu entro em acção
Faço uma programação
Modifico uma tabela
E quando por isso dou
O dia já terminou
Embora para casa eu vou
Amigos, a vida é bela
--------------
Até aos 65
Entro às 8, saio às 5
E trabalho com afinco
Para ir ganhando o pão
E não me posso queixar
Eles dão-me o que almoçar
E no dia de pagar
Não falta lá um tostão
E ainda para além disso
Nem tenho muito serviço
Nunca ando em rebuliço
Levo uma vida mansa
Ao meio-dia e meia hora
Não perco pela demora
Para a cantina vou embora
Para ir encher a pança
Depois de dar ao serrote
De modo que niguém note
Ferro o galho um bocadote
Para repor as energias
Mas tenho sempre cuidado
Um olho aberto, outro fechado
Para não ser apanhado
Por alguma das chefias
Chega a tarde, e é então
Que eu entro em acção
Faço uma programação
Modifico uma tabela
E quando por isso dou
O dia já terminou
Embora para casa eu vou
Amigos, a vida é bela
Wednesday, June 18, 2008
Mea Culpa
Mea Culpa
------------
Sei que não sou inocente
Tenho culpas no cartório
Não por ser delinquente
Mas por dormir no escritório
Eu farto-me de tentar
Mas não consigo impedir
Mal acabo de almoçar
Tenho vontade de dormir
Nem bebendo um café
O sono se vai dissipando
Mal me mantenho de pé
E os olhos vão-se fechando
E quando mal dou por mim
Ai Jesus que lá vou eu
Não para Viseu, mas sim
Para os braços de Morfeu
------------
Sei que não sou inocente
Tenho culpas no cartório
Não por ser delinquente
Mas por dormir no escritório
Eu farto-me de tentar
Mas não consigo impedir
Mal acabo de almoçar
Tenho vontade de dormir
Nem bebendo um café
O sono se vai dissipando
Mal me mantenho de pé
E os olhos vão-se fechando
E quando mal dou por mim
Ai Jesus que lá vou eu
Não para Viseu, mas sim
Para os braços de Morfeu
Monday, June 16, 2008
Os Reis da Peluda
Os Reis da Peluda
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Somos os reis da peluda
E temos pelo trabalho
A mesma aversão aguda
Que um vampiro tem ao alho
---------------------
Somos os reis da peluda
E temos pelo trabalho
A mesma aversão aguda
Que um vampiro tem ao alho
Andar aos S's
Andar aos S's
----------------
O Senhor seja louvado
Pois ouviu as minhas preces
Permitiu-me ser formado
No método dos 5S's
Uma tal formação ter
Foi algo que sempre quis
Aconteça o que acontecer
Já posso morrer feliz
----------------
O Senhor seja louvado
Pois ouviu as minhas preces
Permitiu-me ser formado
No método dos 5S's
Uma tal formação ter
Foi algo que sempre quis
Aconteça o que acontecer
Já posso morrer feliz
Thursday, June 12, 2008
Retalhos da Vida de um Informático
Retalhos da Vida de um Informático
------------------------------------------
Chega a hora do almoço
Cumprimos a nossa sina
Saímos sem alvoroço
A caminho da cantina
Ao meio-dia e meia em ponto
Não esperamos por ninguém
Que está pronto, está pronto
E quem não estiver não vem
Lá vamos cantando e rindo
Sempre em marcha acelerada
A fome já vai surgindo
E tem que ser saciada
Chegados à nossa meta
Escolhemos a refeição
Carne, peixe ou dieta
Ou um bitoque de opção
E já sentados à mesa
Deitamos as mãos á obra
Desde a sopa à sobremesa
Nem uma migalha sobra
Com o bandulho recheado
Deixamos o refeitório
E num ritmo mais pausado
Regressamos ao escritório
Mas antes de trabalhar
Para ajudar à digestão
Um café vamos tomar
Quem saber ver televisão
O trabalho não vai fugir
Por isso não temos pressa
É bom para descontrair
Dar dois dedos de conversa
Meio-dia já está feito
E por ele nem se deu
Para tudo ser perfeito
Visitamos o Morfeu
------------------------------------------
Chega a hora do almoço
Cumprimos a nossa sina
Saímos sem alvoroço
A caminho da cantina
Ao meio-dia e meia em ponto
Não esperamos por ninguém
Que está pronto, está pronto
E quem não estiver não vem
Lá vamos cantando e rindo
Sempre em marcha acelerada
A fome já vai surgindo
E tem que ser saciada
Chegados à nossa meta
Escolhemos a refeição
Carne, peixe ou dieta
Ou um bitoque de opção
E já sentados à mesa
Deitamos as mãos á obra
Desde a sopa à sobremesa
Nem uma migalha sobra
Com o bandulho recheado
Deixamos o refeitório
E num ritmo mais pausado
Regressamos ao escritório
Mas antes de trabalhar
Para ajudar à digestão
Um café vamos tomar
Quem saber ver televisão
O trabalho não vai fugir
Por isso não temos pressa
É bom para descontrair
Dar dois dedos de conversa
Meio-dia já está feito
E por ele nem se deu
Para tudo ser perfeito
Visitamos o Morfeu
Thursday, May 29, 2008
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte III
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte III
------------------------------------------------
Ah, este tempo d'um raio...
Quem diria, quem diria
Que no fim do maduro Maio
Estava frio e até chovia
------------------------------------------------
Ah, este tempo d'um raio...
Quem diria, quem diria
Que no fim do maduro Maio
Estava frio e até chovia
Tuesday, May 27, 2008
A Vida é Bela, parte VI
A Vida é Bela, parte VI
--------------------------
Pança cheia, cá vou eu
Não sei bem o que fazer
Vou perguntar ao Morfeu
Talvez ele me saiba dizer
--------------------------
Pança cheia, cá vou eu
Não sei bem o que fazer
Vou perguntar ao Morfeu
Talvez ele me saiba dizer
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte II
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte II
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O clima está passado
O tempo não está "siguro"*
O São Pedro anda zangado
O Maio já não é maduro
(*Termo regional para referir a certeza ou incerteza do clima.)
------------------------------------------------
O clima está passado
O tempo não está "siguro"*
O São Pedro anda zangado
O Maio já não é maduro
(*Termo regional para referir a certeza ou incerteza do clima.)
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte I
Depois dos Tempos vêm Tempos, parte I
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Ainda esteve bom tempo
Mas foi sol de pouca dura
Agora faz chuva e vento
A coisa não está "sigura"*
(*Termo regional para referir a certeza ou incerteza do clima.)
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Ainda esteve bom tempo
Mas foi sol de pouca dura
Agora faz chuva e vento
A coisa não está "sigura"*
(*Termo regional para referir a certeza ou incerteza do clima.)
Tuesday, April 29, 2008
A Vida é Dura, parte I
A Vida é Dura, parte I
--------------------------
É preciso ter coragem
Num mundo tão exigente
A reforma é uma miragem
Só vejo trabalho à frente
--------------------------
É preciso ter coragem
Num mundo tão exigente
A reforma é uma miragem
Só vejo trabalho à frente
Tuesday, March 11, 2008
Rebentar pelas Costuras
Rebentar pelas Costuras
----------------------------
Tenho a pança a rebentar
A rebentar pelas costuras
Pelas brasas vou passar
P'ra ir queimando as gorduras
----------------------------
Tenho a pança a rebentar
A rebentar pelas costuras
Pelas brasas vou passar
P'ra ir queimando as gorduras
Balada da Formação
Balada da Formação
-----------------------
Mas que mal terei eu feito
P'ra sofrer tal punição
Bem sei que não sou perfeito
Mas um castigo assim, não!
Sou um homem de respeito
Sempre fui bom cidadão
Então porque sou sujeito
A uma tal provação?
Levanto-me do meu leito
Ainda na escuridão
E viajo contrafeito
Para mais uma sessão
Durante horas a eito
Fechado numa prisão
Será que é meu defeito
Não ver nisto uma razão?
Não estou nada satisfeito
Com esta situação
Tenho de arranjar um jeito
De escapar da formação!
-----------------------
Mas que mal terei eu feito
P'ra sofrer tal punição
Bem sei que não sou perfeito
Mas um castigo assim, não!
Sou um homem de respeito
Sempre fui bom cidadão
Então porque sou sujeito
A uma tal provação?
Levanto-me do meu leito
Ainda na escuridão
E viajo contrafeito
Para mais uma sessão
Durante horas a eito
Fechado numa prisão
Será que é meu defeito
Não ver nisto uma razão?
Não estou nada satisfeito
Com esta situação
Tenho de arranjar um jeito
De escapar da formação!
Wednesday, February 13, 2008
O Tempo, parte II
O Tempo, parte II
---------------------
O trabalho vai-se fazendo
O dias vão-se passando
Temos é que ir comendo
E dormir de vez em quando
---------------------
O trabalho vai-se fazendo
O dias vão-se passando
Temos é que ir comendo
E dormir de vez em quando
Tuesday, January 22, 2008
O Sentido da Vida, parte II
O Sentido da Vida, parte II
-------------------------------
Seguindo a nossa rotina
Vemos os dias passar
Depois de irmos à cantina
É meia-horinha a xonar
Juntando a este bocado
A latrina e o cafézinho
Para o dia estar passado
É trabalhar um pouquinho
Não pensem que isto é um tacho
Trabalhamos com afinco
Chuta p'ra cima e p'ra baixo*
Até aos sessenta e cinco
(*Calão informático para ligar e desligar o computador.)
-------------------------------
Seguindo a nossa rotina
Vemos os dias passar
Depois de irmos à cantina
É meia-horinha a xonar
Juntando a este bocado
A latrina e o cafézinho
Para o dia estar passado
É trabalhar um pouquinho
Não pensem que isto é um tacho
Trabalhamos com afinco
Chuta p'ra cima e p'ra baixo*
Até aos sessenta e cinco
(*Calão informático para ligar e desligar o computador.)
A Vida é Bela, parte V
A Vida é Bela, parte V
-------------------------
Comi que nem um abade
Não me apetece bolir
P'ra começar bem a tarde
Acho que vou é dormir
-------------------------
Comi que nem um abade
Não me apetece bolir
P'ra começar bem a tarde
Acho que vou é dormir
Monday, January 21, 2008
A Vida é Bela, parte IV
A Vida é Bela, parte IV
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Gosto de aqui trabalhar
Digo isto com orgulho
Principalmente de xonar
Depois de encher o bandulho
--------------------------
Gosto de aqui trabalhar
Digo isto com orgulho
Principalmente de xonar
Depois de encher o bandulho
Friday, December 14, 2007
Canção de Embalar
Canção de Embalar
-----------------------
A manhã passou a fugir
O tempo deve ter asas
Antes que esteja a sair
Vou é passar pelas brasas
Cerro os olhos e vou entrar
Num mundo escuro como breu
Se alguém por mim perguntar
Estou nos braços de Morfeu
-----------------------
A manhã passou a fugir
O tempo deve ter asas
Antes que esteja a sair
Vou é passar pelas brasas
Cerro os olhos e vou entrar
Num mundo escuro como breu
Se alguém por mim perguntar
Estou nos braços de Morfeu
Friday, November 9, 2007
O Poeta
O Poeta
---------
Não me chamem de poeta
Eu peço-vos por favor
Pois não almejo tal meta
Sou um pobre rimador
---------
Não me chamem de poeta
Eu peço-vos por favor
Pois não almejo tal meta
Sou um pobre rimador
A Vida é Bela, parte III
A Vida é Bela, parte III
---------------------------
Eu levo uma vida mansa
Nem me custa trabalhar
Ao almoço encho a pança
E à tarde vou xonar
---------------------------
Eu levo uma vida mansa
Nem me custa trabalhar
Ao almoço encho a pança
E à tarde vou xonar
Wednesday, November 7, 2007
Versos Perversos
Versos Perversos
--------------------
Continuo a fazer versos
Mas são todos tão perversos*
Que não os posso publicar
Espero a qualquer momento
Um lampejo de talento
Para um bom verso criar
(*Por perversos entendam-se de escárnio e mal-dizer.)
--------------------
Continuo a fazer versos
Mas são todos tão perversos*
Que não os posso publicar
Espero a qualquer momento
Um lampejo de talento
Para um bom verso criar
(*Por perversos entendam-se de escárnio e mal-dizer.)
Thursday, September 6, 2007
Ode ao SOX
Ode ao SOX
--------------
Já lá foi a Inquisição
A PIDE teve os seus dias
Mas a última invenção
É o SOX e as auditorias
Tal como dantes, agora
A vigilância não presta
Os ladrões ficam de fora
Só chateiam gente honesta
Isto parece o entrudo
Toda a gente mascarada
Fingem que controlam tudo
Mas não controlam é nada
--------------
Já lá foi a Inquisição
A PIDE teve os seus dias
Mas a última invenção
É o SOX e as auditorias
Tal como dantes, agora
A vigilância não presta
Os ladrões ficam de fora
Só chateiam gente honesta
Isto parece o entrudo
Toda a gente mascarada
Fingem que controlam tudo
Mas não controlam é nada
Thursday, August 16, 2007
O Tempo
O Tempo
-----------
Às vezes passa depressa
Outras vezes devagar
Depende de quem o meça
E no que esteja a pensar
Mas passe ele depressa
Ou passe ele devagar
Não há nada que impeça
O tempo de passar
-----------
Às vezes passa depressa
Outras vezes devagar
Depende de quem o meça
E no que esteja a pensar
Mas passe ele depressa
Ou passe ele devagar
Não há nada que impeça
O tempo de passar
Monday, July 30, 2007
Vida Militar, parte II
Vida Militar, parte II
-----------------------
Segunda a licença cessa
Digo adeus a Aljustrel
Visto a farda e vou sem pressa
A caminho do quartel
Tenho o veículo pronto
Afinado e tudo isso
Segunda às oito em ponto
Apresento-me ao serviço
-----------------------
Segunda a licença cessa
Digo adeus a Aljustrel
Visto a farda e vou sem pressa
A caminho do quartel
Tenho o veículo pronto
Afinado e tudo isso
Segunda às oito em ponto
Apresento-me ao serviço
Friday, July 6, 2007
O Cherne
O Cherne
-----------
Seja a um restaurante fino
Ou a um reles bar de alterne
Não interessa o destino
Tens é que seguir o cherne
-----------
Seja a um restaurante fino
Ou a um reles bar de alterne
Não interessa o destino
Tens é que seguir o cherne
Thursday, July 5, 2007
A Vida é Bela, parte II
A Vida é Bela, parte II
--------------------------
Este emprego é um fartote
Eu adoro este trabalho
Primeiro dá-se ao serrote
E depois ferra-se o galho
--------------------------
Este emprego é um fartote
Eu adoro este trabalho
Primeiro dá-se ao serrote
E depois ferra-se o galho
Monday, June 25, 2007
O Jogo da Vida
O Jogo da Vida
-----------------
Para ao jogo ganhar
É preciso sorte e truques
Eu cá só tenho azar
A mim só me saem duques
-----------------
Para ao jogo ganhar
É preciso sorte e truques
Eu cá só tenho azar
A mim só me saem duques
Friday, June 22, 2007
A Vida é Bela
A Vida é Bela
----------------
Este emprego é um luxo
Estou bem ciente disso
Dão comida que enche o bucho
Bom dinheiro e pouco serviço
Não sou de me acomodar
Mas também não mudo à toa
Aliás, para quê mudar
Quando a coisa está tão boa?
Por isso cá vou ficando
Sentado no meu cantinho
Na Net vou navegando
Também trabalho um pouquinho
----------------
Este emprego é um luxo
Estou bem ciente disso
Dão comida que enche o bucho
Bom dinheiro e pouco serviço
Não sou de me acomodar
Mas também não mudo à toa
Aliás, para quê mudar
Quando a coisa está tão boa?
Por isso cá vou ficando
Sentado no meu cantinho
Na Net vou navegando
Também trabalho um pouquinho
Thursday, June 21, 2007
Poema da Jorna
Poema da Jorna
------------------
Já tenho a barriga cheia
Já está feita meia jorna
Como ainda é uma e meia
Vou é bater uma sorna
------------------
Já tenho a barriga cheia
Já está feita meia jorna
Como ainda é uma e meia
Vou é bater uma sorna
Wednesday, June 20, 2007
O Sentido da Vida
O Sentido da Vida
---------------------
Há dias em que chove
Há dias em faz sol
Nuns dias a coisa 'tá dura
Noutros dias a coisa 'tá mole
Há dias em que se sobe
Há dias em que se desce
Nuns dias a coisa diminui
Noutros dias a coisa cresce
Estou de cabeça perdida
Para acabar este poema
Pois o sentido da vida
Não é fácil como tema
Há dias em que se trabalha
Há dias em que se descansa
Nuns dias a coisa recua
Noutros dias a coisa avança
Há dias em que se levanta
Há dias em que se cai
Nuns dias a coisa entra
Noutros dias a coisa sai
Estou de cabeça perdida
Para acabar este poema
Pois o sentido da vida
Não é fácil como tema
Há dias assim
Há dias assado
E com esta quadra
Está o poema acabado
---------------------
Há dias em que chove
Há dias em faz sol
Nuns dias a coisa 'tá dura
Noutros dias a coisa 'tá mole
Há dias em que se sobe
Há dias em que se desce
Nuns dias a coisa diminui
Noutros dias a coisa cresce
Estou de cabeça perdida
Para acabar este poema
Pois o sentido da vida
Não é fácil como tema
Há dias em que se trabalha
Há dias em que se descansa
Nuns dias a coisa recua
Noutros dias a coisa avança
Há dias em que se levanta
Há dias em que se cai
Nuns dias a coisa entra
Noutros dias a coisa sai
Estou de cabeça perdida
Para acabar este poema
Pois o sentido da vida
Não é fácil como tema
Há dias assim
Há dias assado
E com esta quadra
Está o poema acabado
Friday, June 15, 2007
Vida Militar
Vida Militar (Abertura)
-------------------------
Desde que o homem é homem
E caminha à face da Terra
Que nunca mais se calou
O horrível som da guerra
Por questões de território
Por diferentes religiões
Por pura e simples ganância
Por ódios entre nações
Por razões com importância
Ou sem significado
Ao longo de milhões de anos
A guerra não tem parado
Vida Militar (Parte I)
-----------------------
Nunca tive sorte ao jogo
Mas saiu-me a taluda
Pois mal entrei ao serviço
Passei logo à peluda
A vida corre-me bem
Apesar de não estar rico
Pois mal findei a recruta
Consegui meter o xico
Na caserna a vida é dura
E olha que isto não é tanga
A não ser que como eu
Estejas na tropa fandanga
Quando o sargento está cá
A conduta é pela norma
Mas basta ele virar as costas
Que até se dorme na forma
O estilo aqui é casual
Sem bivaque, farda ou bota
Nem continência se bate
Dá gosto andar nesta tropa!
Quanto toca a alvorada
O pelotão põe-se em pé
Mas em vez da formatura
Vai para a sala do café
A mudança de quartel
Está fora de questão
Pois aqui na nossa messe
É bem melhor a ração
Se a ordem é ir p'rá guerra
A malta está preparada
Basta ver o inimigo
Batemos em retirada
Á sexta, depois das cinco
No quartel ninguém me acha
Já fui de fim-de-semana
Levei a guia de marcha
Depois de ouvires esta estória
Não te ponhas a sonhar
Pois quartéis iguais a este
São difíceis de encontrar
Vida Militar (Parte II)
------------------------
Se a companhia reúne
O alferes é quem preside
Fala, fala e não se cala
Mas nunca nada decide
Certo cuidado é preciso
Pois o alferes é velhaco
E se nos apanha a jeito
Passa-nos logo um macaco
Se o assunto é complexo
De mais díficil solução
O alferes não tem galões
E vai chamar o capitão
O capitão, velho militar
Tem mais experência de vida
Já esteve em muitas guerras
Mas nenhuma foi vencida
Com estes oficiais
A mandar no regimento
Não é à toa que isto
Ande ao sabor do vento
Isto não é p'ra quem quer
Isto é para quem pode
Se o quartel fosse na China
Chamavam-lhe um pagode
Vida Militar (Coda)
---------------------
Ainda tenho a esperança
Que o homem seja capaz
De um dia pôr fim à guerra
E chegar enfim à paz
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
...
-------------------------
Desde que o homem é homem
E caminha à face da Terra
Que nunca mais se calou
O horrível som da guerra
Por questões de território
Por diferentes religiões
Por pura e simples ganância
Por ódios entre nações
Por razões com importância
Ou sem significado
Ao longo de milhões de anos
A guerra não tem parado
Vida Militar (Parte I)
-----------------------
Nunca tive sorte ao jogo
Mas saiu-me a taluda
Pois mal entrei ao serviço
Passei logo à peluda
A vida corre-me bem
Apesar de não estar rico
Pois mal findei a recruta
Consegui meter o xico
Na caserna a vida é dura
E olha que isto não é tanga
A não ser que como eu
Estejas na tropa fandanga
Quando o sargento está cá
A conduta é pela norma
Mas basta ele virar as costas
Que até se dorme na forma
O estilo aqui é casual
Sem bivaque, farda ou bota
Nem continência se bate
Dá gosto andar nesta tropa!
Quanto toca a alvorada
O pelotão põe-se em pé
Mas em vez da formatura
Vai para a sala do café
A mudança de quartel
Está fora de questão
Pois aqui na nossa messe
É bem melhor a ração
Se a ordem é ir p'rá guerra
A malta está preparada
Basta ver o inimigo
Batemos em retirada
Á sexta, depois das cinco
No quartel ninguém me acha
Já fui de fim-de-semana
Levei a guia de marcha
Depois de ouvires esta estória
Não te ponhas a sonhar
Pois quartéis iguais a este
São difíceis de encontrar
Vida Militar (Parte II)
------------------------
Se a companhia reúne
O alferes é quem preside
Fala, fala e não se cala
Mas nunca nada decide
Certo cuidado é preciso
Pois o alferes é velhaco
E se nos apanha a jeito
Passa-nos logo um macaco
Se o assunto é complexo
De mais díficil solução
O alferes não tem galões
E vai chamar o capitão
O capitão, velho militar
Tem mais experência de vida
Já esteve em muitas guerras
Mas nenhuma foi vencida
Com estes oficiais
A mandar no regimento
Não é à toa que isto
Ande ao sabor do vento
Isto não é p'ra quem quer
Isto é para quem pode
Se o quartel fosse na China
Chamavam-lhe um pagode
Vida Militar (Coda)
---------------------
Ainda tenho a esperança
Que o homem seja capaz
De um dia pôr fim à guerra
E chegar enfim à paz
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
Vai vir o dia em que vamos ver
Que todos amigos podemos ser
...
Luta de Classes
Luta de Classes
------------------
Sou um pobre operário
Com um mísero salário
Que mal dá para o pão
Das oito às cinco
Eu trabalho com afinco
Só paro p'rá refeição
O proletariado
Continua explorado
Pelas elites dominantes
A revolução
É só uma recordação
Tudo está como era dantes
Classes em luta
Essa eterna disputa
Que há-de continuar
Até um dia
De júbilo e alegria
Quando o povo triunfar
Operário amigo
Muitos outros estão contigo
Nesta má situação
Junta-te a nós
Com a tua e a nossa voz
Os amanhãs cantarão
------------------
Sou um pobre operário
Com um mísero salário
Que mal dá para o pão
Das oito às cinco
Eu trabalho com afinco
Só paro p'rá refeição
O proletariado
Continua explorado
Pelas elites dominantes
A revolução
É só uma recordação
Tudo está como era dantes
Classes em luta
Essa eterna disputa
Que há-de continuar
Até um dia
De júbilo e alegria
Quando o povo triunfar
Operário amigo
Muitos outros estão contigo
Nesta má situação
Junta-te a nós
Com a tua e a nossa voz
Os amanhãs cantarão
Victims of SOX
Victims of SOX
------------------
We don't need no segregation,
We don't need no more controls,
No remediations in the meetingroom
Auditors leave the IT alone
Hey, auditors, leave the IT alone!
All in all you're just another victim of SOX
All in all we're just another victim of SOX
------------------
We don't need no segregation,
We don't need no more controls,
No remediations in the meetingroom
Auditors leave the IT alone
Hey, auditors, leave the IT alone!
All in all you're just another victim of SOX
All in all we're just another victim of SOX
Poema do Macaco
Poema do Macaco
---------------------
O macaquinho andou
De galho em galho a pular
No teu ombro ele encontrou
Um bom sítio p'ra aterrar
---------------------
O macaquinho andou
De galho em galho a pular
No teu ombro ele encontrou
Um bom sítio p'ra aterrar
Tuesday, May 8, 2007
Poema da Urina
Poema da Urina
-------------------
Há uns que urinam à chuva
Outros que urinam ao sol
Uns que urinam na sanita
E outros no urinol
Há uns que urinam alegres
Outros urinam preocupados
Há uns que urinam de pé
Outros que urinam sentados
P'ros que urinam na sanita
Prestem sempre atenção
Acertem lá no buraco
Urinar na tampa é que não
P'ros que urinam no urinol
A decisão acertada
É desviar da parede
Para esta não ser urinada
Agora um conselho geral
P'ra todos os cidadãos
Depois de uma urinadela
Lavem sempre bem as mãos
-------------------
Há uns que urinam à chuva
Outros que urinam ao sol
Uns que urinam na sanita
E outros no urinol
Há uns que urinam alegres
Outros urinam preocupados
Há uns que urinam de pé
Outros que urinam sentados
P'ros que urinam na sanita
Prestem sempre atenção
Acertem lá no buraco
Urinar na tampa é que não
P'ros que urinam no urinol
A decisão acertada
É desviar da parede
Para esta não ser urinada
Agora um conselho geral
P'ra todos os cidadãos
Depois de uma urinadela
Lavem sempre bem as mãos
Wednesday, October 11, 2006
Prego a fundo!
Prego a fundo!
------------------
O Sporting está em cacos
E vai passar a patacos
Parte do seu pratimónio
Nos sócios ninguém se entende
Um diz "compra", outro diz "vende"
Está armado um pandemónio
Um clube grande outrora
Está reduzido agora
A pouco mais que um anão
E se a coisa continuar
No prego vão colocar
O estádio e o leão
------------------
O Sporting está em cacos
E vai passar a patacos
Parte do seu pratimónio
Nos sócios ninguém se entende
Um diz "compra", outro diz "vende"
Está armado um pandemónio
Um clube grande outrora
Está reduzido agora
A pouco mais que um anão
E se a coisa continuar
No prego vão colocar
O estádio e o leão
Tuesday, September 26, 2006
Fado do Concentrado
Fado do Concentrado
-------------------------
O concentrado
Vai ser embarcado
Para um navio
E vai navegar
Pelo alto mar
Por dias a fio
Para chegar
Ao porto a usar
E ser descagarregado
E numa fundição
Transforma-se então
Num produto acabado
Esta é a estória
Sem fama nem glória
Do pobre concentrado
Britado, moído
Lavado, fundido
Mas que triste fado
-------------------------
O concentrado
Vai ser embarcado
Para um navio
E vai navegar
Pelo alto mar
Por dias a fio
Para chegar
Ao porto a usar
E ser descagarregado
E numa fundição
Transforma-se então
Num produto acabado
Esta é a estória
Sem fama nem glória
Do pobre concentrado
Britado, moído
Lavado, fundido
Mas que triste fado
Monday, September 18, 2006
Safari em Alvalade
Safari em Alvalade
-------------------
Acabou-se o que era doce
Foi o fim da ilusão
A vitória escapou-se
Foi derrotado o leão
Com manias de campeão
Arrogante e altaneiro
Teve entrada de leão
E saída de sendeiro
O Paços mostrou como é
Que se abate o leão
Nem sequer usou o pé
Bastou um toque com a mão
-------------------
Acabou-se o que era doce
Foi o fim da ilusão
A vitória escapou-se
Foi derrotado o leão
Com manias de campeão
Arrogante e altaneiro
Teve entrada de leão
E saída de sendeiro
O Paços mostrou como é
Que se abate o leão
Nem sequer usou o pé
Bastou um toque com a mão
Wednesday, August 2, 2006
Poema do Glorioso
Poema do Glorioso
-----------------------
Não quero estar a sonhar alto
Nem ter muitas ilusões
Mas este ano é o campeonato
E a liga dos campeões
-----------------------
Não quero estar a sonhar alto
Nem ter muitas ilusões
Mas este ano é o campeonato
E a liga dos campeões
Tuesday, June 27, 2006
Poema dos portáteis
Poema dos portáteis
-------------------------
Estes novos portáteis
São uma grande treta
Com uma resolução tão alta
Deixam a malta cegueta
As letras são tão pequenas
Que para as enxergar
Uma lupa bem potente
É preciso utilizar
-------------------------
Estes novos portáteis
São uma grande treta
Com uma resolução tão alta
Deixam a malta cegueta
As letras são tão pequenas
Que para as enxergar
Uma lupa bem potente
É preciso utilizar
Friday, June 23, 2006
Aqui há rato!
Aqui há rato!
----------------
Quando na sala eu entrei
Senti logo um desconforto
Algo de horrível cheirei
Parecia mesmo um rato morto
Foi chamado um especialista
Para o rato encontrar
Seguiu pista atrás de pista
Numa busca sem parar
Mesmo com todo o seu brio
O rato não encontrou
O especialista partiu
E o pivete ficou
----------------
Quando na sala eu entrei
Senti logo um desconforto
Algo de horrível cheirei
Parecia mesmo um rato morto
Foi chamado um especialista
Para o rato encontrar
Seguiu pista atrás de pista
Numa busca sem parar
Mesmo com todo o seu brio
O rato não encontrou
O especialista partiu
E o pivete ficou
Tuesday, June 20, 2006
Poema do ponto
Poema do ponto
--------------------
Dizem que o "i" não tem ponto,
E sem ponto a um pau é parecido
Basta contarem-lhe um conto
Pois como quem conta um conto,
Acrescenta sempre um ponto
Fica tudo resolvido
--------------------
Dizem que o "i" não tem ponto,
E sem ponto a um pau é parecido
Basta contarem-lhe um conto
Pois como quem conta um conto,
Acrescenta sempre um ponto
Fica tudo resolvido
Poema do dicionário
Em resposta a alguns posts verdadeiramente assassinos da língua portuguesa que têm surgido em alguns blogs, por essa blogosfera fora, aqui fica mais um pequeno poema :
Poema do dicionário
-------------------------
Pediram um frigorífico, muito bem, é necessário!
Mas não viria a preceito pedir também um dicionário?
É que com tantos erros, eu digo-vos com franqueza
Ainda vos prendem por assassínio da língua portuguesa!
Não pensem que este remoque é um acto de revanchismo
Mas o país nunca avançará com tanto analfabetismo...
Poema do dicionário
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Pediram um frigorífico, muito bem, é necessário!
Mas não viria a preceito pedir também um dicionário?
É que com tantos erros, eu digo-vos com franqueza
Ainda vos prendem por assassínio da língua portuguesa!
Não pensem que este remoque é um acto de revanchismo
Mas o país nunca avançará com tanto analfabetismo...
Saturday, June 10, 2006
Endereço de e-mail da Máquina!
Devido aos inúmeros pedidos dos nossos leitores interessados em publicar os seus textos e opiniões neste nosso blog, foi criado um endereço de e-mail para o qual poderão enviar os vossos artigos, para posterior publicação : amaquinadocafe@yahoo.com
Friday, June 9, 2006
Se (Rudyard Kipling pós-moderno)
Se (Rudyard Kipling pós-moderno)
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Se fosses uma vaca, eras louca
Se fosses uma orelha, eras mouca
Se fosses uma conta, estavas errada
Se fosses comida, estavas estragada
Se fosses um pé, eras chato
Se fosses notícia, eras um boato
Se fosses um pastor, eras alemão
Se fosses tentativa, serias em vão
Se fosses uma lâmpada, estavas fundida
Se fosses uma entrada, não terias saída
Se fosses papel, serias higiénico
Se fosses milho, serias transgénico
Se fosses dinheiro, eras falsificado
Se fosses um golo, eras anulado
Se fosses um descodificador, eras pirata
Se fosses uma medalha, eras de lata
Se fosses um relógio, estavas atrasado
Se fosses um carro, estavas avariado
Se fosses um baralho, estavas viciado
Se fosses um navio, estavas afundado
Se fosses um texto, estavas cheio de gralhas
Se fosses um programa, estavas cheio de falhas
Se fosses uma doença, eras incurável
Se fosse fome, eras insaciável
Se fosses uma pergunta, não tinhas resposta
Se fosses uma recta, estarias torta
Se fosses um nariz, estavas entupido
Se fosses um livro, nunca serias lido
Se fosses um nó, eras górdio
Se fosses um bêbado, estarias sóbrio
Se fosses princípio, não terias fim
E este poema termina assim
------------------------------------
Se fosses uma vaca, eras louca
Se fosses uma orelha, eras mouca
Se fosses uma conta, estavas errada
Se fosses comida, estavas estragada
Se fosses um pé, eras chato
Se fosses notícia, eras um boato
Se fosses um pastor, eras alemão
Se fosses tentativa, serias em vão
Se fosses uma lâmpada, estavas fundida
Se fosses uma entrada, não terias saída
Se fosses papel, serias higiénico
Se fosses milho, serias transgénico
Se fosses dinheiro, eras falsificado
Se fosses um golo, eras anulado
Se fosses um descodificador, eras pirata
Se fosses uma medalha, eras de lata
Se fosses um relógio, estavas atrasado
Se fosses um carro, estavas avariado
Se fosses um baralho, estavas viciado
Se fosses um navio, estavas afundado
Se fosses um texto, estavas cheio de gralhas
Se fosses um programa, estavas cheio de falhas
Se fosses uma doença, eras incurável
Se fosse fome, eras insaciável
Se fosses uma pergunta, não tinhas resposta
Se fosses uma recta, estarias torta
Se fosses um nariz, estavas entupido
Se fosses um livro, nunca serias lido
Se fosses um nó, eras górdio
Se fosses um bêbado, estarias sóbrio
Se fosses princípio, não terias fim
E este poema termina assim
Poema da pistola, parte II
Poema da pistola, parte II
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Mete a pistola no coldre
Arma-te até aos dentes
Podes metê-la no bolso
Ou na comissão de utentes
(Autor Desconhecido - Este poema NÃO É da minha autoria)
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Mete a pistola no coldre
Arma-te até aos dentes
Podes metê-la no bolso
Ou na comissão de utentes
(Autor Desconhecido - Este poema NÃO É da minha autoria)
Adeus às armas (Poema da pistola)
Adeus às armas (Poema da pistola)
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Uns armam-se com pistolas, outros com pedras e paus
Há uns que se armam em bons, outros que se armam em maus
E mesmo os desarmados, não se fazem de rogados
Como não possuem arma, em parvos andam armados
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Uns armam-se com pistolas, outros com pedras e paus
Há uns que se armam em bons, outros que se armam em maus
E mesmo os desarmados, não se fazem de rogados
Como não possuem arma, em parvos andam armados
Thursday, June 8, 2006
Poema do frigorífico
Poema do frigorífico (com acento!!)
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Nesta época do calor, um frigorífico é coisa boa
Sempre refresca as ideias de uma ou outra pessoa
Com as ideias fresquinhas, mesmo as mentes mais foleiras
Funcionam bem melhor e não produzem tantas asneiras
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Nesta época do calor, um frigorífico é coisa boa
Sempre refresca as ideias de uma ou outra pessoa
Com as ideias fresquinhas, mesmo as mentes mais foleiras
Funcionam bem melhor e não produzem tantas asneiras
Poema do acento
Poema do acento
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Li o vosso comunicado e uma asneira logo vi:
A palavra frigorífico leva um acento no "i"...
Pede-se então ao autor desta grafia indevida
Que cumpra as regras da C.U. e pague a multa requerida
(C.U. = Comissão de Utentes da Sala do Café)
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Li o vosso comunicado e uma asneira logo vi:
A palavra frigorífico leva um acento no "i"...
Pede-se então ao autor desta grafia indevida
Que cumpra as regras da C.U. e pague a multa requerida
(C.U. = Comissão de Utentes da Sala do Café)
WELCOME TO THE MACHINE!
Pois é, caros amigos...passados mais de 30 anos sobre o 25 de Abril existem sítios em Portugal onde ainda não chegou a liberdade de expressão...foi por isso que decidi reabrir este blog, onde tudo e todos podem expressar livremente as suas ideias, sem nenhum tipo de censura ou cerceamento, sem ter medo de retaliações, sem grilhetas nem mordaças nem algemas...VIVA A LIBERDADE! ABAIXO A SALA DO CAFÉ!
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