Wednesday, October 11, 2006

Prego a fundo!

Prego a fundo!
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O Sporting está em cacos
E vai passar a patacos
Parte do seu pratimónio
Nos sócios ninguém se entende
Um diz "compra", outro diz "vende"
Está armado um pandemónio

Um clube grande outrora
Está reduzido agora
A pouco mais que um anão
E se a coisa continuar
No prego vão colocar
O estádio e o leão

Tuesday, September 26, 2006

Fado do Concentrado

Fado do Concentrado
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O concentrado
Vai ser embarcado
Para um navio
E vai navegar
Pelo alto mar
Por dias a fio

Para chegar
Ao porto a usar
E ser descagarregado
E numa fundição
Transforma-se então
Num produto acabado

Esta é a estória
Sem fama nem glória
Do pobre concentrado
Britado, moído
Lavado, fundido
Mas que triste fado

Monday, September 18, 2006

Safari em Alvalade

Safari em Alvalade
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Acabou-se o que era doce
Foi o fim da ilusão
A vitória escapou-se
Foi derrotado o leão

Com manias de campeão
Arrogante e altaneiro
Teve entrada de leão
E saída de sendeiro

O Paços mostrou como é
Que se abate o leão
Nem sequer usou o pé
Bastou um toque com a mão

Wednesday, August 2, 2006

Poema do Glorioso

Poema do Glorioso
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Não quero estar a sonhar alto
Nem ter muitas ilusões
Mas este ano é o campeonato
E a liga dos campeões

Tuesday, June 27, 2006

Poema dos portáteis

Poema dos portáteis
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Estes novos portáteis
São uma grande treta
Com uma resolução tão alta
Deixam a malta cegueta

As letras são tão pequenas
Que para as enxergar
Uma lupa bem potente
É preciso utilizar

Friday, June 23, 2006

Aqui há rato!

Aqui há rato!
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Quando na sala eu entrei
Senti logo um desconforto
Algo de horrível cheirei
Parecia mesmo um rato morto

Foi chamado um especialista
Para o rato encontrar
Seguiu pista atrás de pista
Numa busca sem parar

Mesmo com todo o seu brio
O rato não encontrou
O especialista partiu
E o pivete ficou

Tuesday, June 20, 2006

Poema do ponto

Poema do ponto
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Dizem que o "i" não tem ponto,
E sem ponto a um pau é parecido
Basta contarem-lhe um conto
Pois como quem conta um conto,
Acrescenta sempre um ponto
Fica tudo resolvido

Poema do dicionário

Em resposta a alguns posts verdadeiramente assassinos da língua portuguesa que têm surgido em alguns blogs, por essa blogosfera fora, aqui fica mais um pequeno poema :

Poema do dicionário
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Pediram um frigorífico, muito bem, é necessário!
Mas não viria a preceito pedir também um dicionário?
É que com tantos erros, eu digo-vos com franqueza
Ainda vos prendem por assassínio da língua portuguesa!
Não pensem que este remoque é um acto de revanchismo
Mas o país nunca avançará com tanto analfabetismo...

Saturday, June 10, 2006

Endereço de e-mail da Máquina!

Devido aos inúmeros pedidos dos nossos leitores interessados em publicar os seus textos e opiniões neste nosso blog, foi criado um endereço de e-mail para o qual poderão enviar os vossos artigos, para posterior publicação : amaquinadocafe@yahoo.com

Friday, June 9, 2006

Se (Rudyard Kipling pós-moderno)

Se (Rudyard Kipling pós-moderno)
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Se fosses uma vaca, eras louca
Se fosses uma orelha, eras mouca
Se fosses uma conta, estavas errada
Se fosses comida, estavas estragada
Se fosses um pé, eras chato
Se fosses notícia, eras um boato
Se fosses um pastor, eras alemão
Se fosses tentativa, serias em vão
Se fosses uma lâmpada, estavas fundida
Se fosses uma entrada, não terias saída
Se fosses papel, serias higiénico
Se fosses milho, serias transgénico
Se fosses dinheiro, eras falsificado
Se fosses um golo, eras anulado
Se fosses um descodificador, eras pirata
Se fosses uma medalha, eras de lata
Se fosses um relógio, estavas atrasado
Se fosses um carro, estavas avariado
Se fosses um baralho, estavas viciado
Se fosses um navio, estavas afundado
Se fosses um texto, estavas cheio de gralhas
Se fosses um programa, estavas cheio de falhas
Se fosses uma doença, eras incurável
Se fosse fome, eras insaciável
Se fosses uma pergunta, não tinhas resposta
Se fosses uma recta, estarias torta
Se fosses um nariz, estavas entupido
Se fosses um livro, nunca serias lido
Se fosses um nó, eras górdio
Se fosses um bêbado, estarias sóbrio
Se fosses princípio, não terias fim
E este poema termina assim

Poema da pistola, parte II

Poema da pistola, parte II
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Mete a pistola no coldre
Arma-te até aos dentes
Podes metê-la no bolso
Ou na comissão de utentes

(Autor Desconhecido - Este poema NÃO É da minha autoria)

Adeus às armas (Poema da pistola)

Adeus às armas (Poema da pistola)
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Uns armam-se com pistolas, outros com pedras e paus
Há uns que se armam em bons, outros que se armam em maus
E mesmo os desarmados, não se fazem de rogados
Como não possuem arma, em parvos andam armados

Thursday, June 8, 2006

Poema do frigorífico

Poema do frigorífico (com acento!!)
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Nesta época do calor, um frigorífico é coisa boa
Sempre refresca as ideias de uma ou outra pessoa
Com as ideias fresquinhas, mesmo as mentes mais foleiras
Funcionam bem melhor e não produzem tantas asneiras

Poema do acento

Poema do acento
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Li o vosso comunicado e uma asneira logo vi:
A palavra frigorífico leva um acento no "i"...
Pede-se então ao autor desta grafia indevida
Que cumpra as regras da C.U. e pague a multa requerida

(C.U. = Comissão de Utentes da Sala do Café)

WELCOME TO THE MACHINE!

Pois é, caros amigos...passados mais de 30 anos sobre o 25 de Abril existem sítios em Portugal onde ainda não chegou a liberdade de expressão...foi por isso que decidi reabrir este blog, onde tudo e todos podem expressar livremente as suas ideias, sem nenhum tipo de censura ou cerceamento, sem ter medo de retaliações, sem grilhetas nem mordaças nem algemas...VIVA A LIBERDADE! ABAIXO A SALA DO CAFÉ!