Se (Rudyard Kipling pós-moderno)
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Se fosses uma vaca, eras louca
Se fosses uma orelha, eras mouca
Se fosses uma conta, estavas errada
Se fosses comida, estavas estragada
Se fosses um pé, eras chato
Se fosses notícia, eras um boato
Se fosses um pastor, eras alemão
Se fosses tentativa, serias em vão
Se fosses uma lâmpada, estavas fundida
Se fosses uma entrada, não terias saída
Se fosses papel, serias higiénico
Se fosses milho, serias transgénico
Se fosses dinheiro, eras falsificado
Se fosses um golo, eras anulado
Se fosses um descodificador, eras pirata
Se fosses uma medalha, eras de lata
Se fosses um relógio, estavas atrasado
Se fosses um carro, estavas avariado
Se fosses um baralho, estavas viciado
Se fosses um navio, estavas afundado
Se fosses um texto, estavas cheio de gralhas
Se fosses um programa, estavas cheio de falhas
Se fosses uma doença, eras incurável
Se fosse fome, eras insaciável
Se fosses uma pergunta, não tinhas resposta
Se fosses uma recta, estarias torta
Se fosses um nariz, estavas entupido
Se fosses um livro, nunca serias lido
Se fosses um nó, eras górdio
Se fosses um bêbado, estarias sóbrio
Se fosses princípio, não terias fim
E este poema termina assim
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