Fado dos 65
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Até aos 65
Entro às 8, saio às 5
E trabalho com afinco
Para ir ganhando o pão
E não me posso queixar
Eles dão-me o que almoçar
E no dia de pagar
Não falta lá um tostão
E ainda para além disso
Nem tenho muito serviço
Nunca ando em rebuliço
Levo uma vida mansa
Ao meio-dia e meia hora
Não perco pela demora
Para a cantina vou embora
Para ir encher a pança
Depois de dar ao serrote
De modo que niguém note
Ferro o galho um bocadote
Para repor as energias
Mas tenho sempre cuidado
Um olho aberto, outro fechado
Para não ser apanhado
Por alguma das chefias
Chega a tarde, e é então
Que eu entro em acção
Faço uma programação
Modifico uma tabela
E quando por isso dou
O dia já terminou
Embora para casa eu vou
Amigos, a vida é bela
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