Monday, June 30, 2008

O Poeta, parte II

O Poeta, parte II
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Sou poeta popular
Faço versos por prazer
Se deles fosse precisar
Para a vida ganhar
À fome eu ia morrer

Tuesday, June 24, 2008

Fado dos 65

Fado dos 65
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Até aos 65
Entro às 8, saio às 5
E trabalho com afinco
Para ir ganhando o pão

E não me posso queixar
Eles dão-me o que almoçar
E no dia de pagar
Não falta lá um tostão

E ainda para além disso
Nem tenho muito serviço
Nunca ando em rebuliço
Levo uma vida mansa

Ao meio-dia e meia hora
Não perco pela demora
Para a cantina vou embora
Para ir encher a pança

Depois de dar ao serrote
De modo que niguém note
Ferro o galho um bocadote
Para repor as energias

Mas tenho sempre cuidado
Um olho aberto, outro fechado
Para não ser apanhado
Por alguma das chefias

Chega a tarde, e é então
Que eu entro em acção
Faço uma programação
Modifico uma tabela

E quando por isso dou
O dia já terminou
Embora para casa eu vou
Amigos, a vida é bela

Wednesday, June 18, 2008

Mea Culpa

Mea Culpa
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Sei que não sou inocente
Tenho culpas no cartório
Não por ser delinquente
Mas por dormir no escritório

Eu farto-me de tentar
Mas não consigo impedir
Mal acabo de almoçar
Tenho vontade de dormir

Nem bebendo um café
O sono se vai dissipando
Mal me mantenho de pé
E os olhos vão-se fechando

E quando mal dou por mim
Ai Jesus que lá vou eu
Não para Viseu, mas sim
Para os braços de Morfeu

Monday, June 16, 2008

Os Reis da Peluda

Os Reis da Peluda
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Somos os reis da peluda
E temos pelo trabalho
A mesma aversão aguda
Que um vampiro tem ao alho

Andar aos S's

Andar aos S's
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O Senhor seja louvado
Pois ouviu as minhas preces
Permitiu-me ser formado
No método dos 5S's

Uma tal formação ter
Foi algo que sempre quis
Aconteça o que acontecer
Já posso morrer feliz

Thursday, June 12, 2008

Retalhos da Vida de um Informático

Retalhos da Vida de um Informático
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Chega a hora do almoço
Cumprimos a nossa sina
Saímos sem alvoroço
A caminho da cantina

Ao meio-dia e meia em ponto
Não esperamos por ninguém
Que está pronto, está pronto
E quem não estiver não vem

Lá vamos cantando e rindo
Sempre em marcha acelerada
A fome já vai surgindo
E tem que ser saciada

Chegados à nossa meta
Escolhemos a refeição
Carne, peixe ou dieta
Ou um bitoque de opção

E já sentados à mesa
Deitamos as mãos á obra
Desde a sopa à sobremesa
Nem uma migalha sobra

Com o bandulho recheado
Deixamos o refeitório
E num ritmo mais pausado
Regressamos ao escritório

Mas antes de trabalhar
Para ajudar à digestão
Um café vamos tomar
Quem saber ver televisão

O trabalho não vai fugir
Por isso não temos pressa
É bom para descontrair
Dar dois dedos de conversa

Meio-dia já está feito
E por ele nem se deu
Para tudo ser perfeito
Visitamos o Morfeu